Construída a 565 metros acima do rio Beipan, a Beipanjiang Bridge liga as cidades de Guizhou e Yunnan, através de 1,3 quilômetro de extensão.
A execução da obra, que durou três anos, custou US$ 440 milhões, confirmando a vocação do país de pôr em prática os maiores projetos da engenharia moderna.
Desde a construção da Muralha da China, os chineses estiveram envolvidos em grandes construções, que demonstram historicamente sua forte determinação na realização de projetos que atendam não apenas às necessidades imediatas, mas também se estabeleçam como marcos duradouros.
No entanto, a partir do início do século 21, quando se tornou uma das potências econômicas, o país passou a colecionar ainda mais construções emblemáticas, impulsionados pela combinação de tecnologia avançada, engenharia precisa e da necessidade prática de enfrentar os desafios geográficos e demográficos do país.
Da maior hidrelétrica do mundo - Três Gargantas, à maior ponte sobre o mar, da primeira ponte suspensa de vidro do mundo à maior passarela de vidro do mundo, passando ainda pela mais longa ferrovia de trem-bala.
Com um rápido crescimento e urbanização, além de uma mão de obra abundante – e cada vez mais qualificada, o investimento em infraestrutura massiva tornou-se essencial para sustentar o desenvolvimento econômico e melhoria da qualidade de vida da população. Da própria construção da Ponte Beipanjiang, mais de mil engenheiros e operários chineses participaram.
Assim, como reflexo desse investimento em tecnologia e planejamento, a China consegue também ser extremamente ágil em seus cronogramas de obra. A Beipanjiang Bridge, por exemplo, ficou pronta em três anos, tornando-se, então, na mais alta ponte do mundo, equivalente à altura de um prédio de 200 andares. O território chinês, aliás, tem oito das 10 pontes mais altas do planeta.
A ponte de quatro pistas faz parte, pois, de uma rede de novas rodovias em torno de Yunnan e Guizhou, que permite acesso a terrenos acidentados que eram antes inacessíveis.
Os desafios em projetar a estrutura da ponte suspensa de aço e concreto, com um comprimento total de 1.341,4 metros e um vão de 720 metros, passaram por suportar o peso do concreto e força do vento até questões logísticas.
"Sobre um precipício com mais de 500 metros de altura, a velocidade média do vento pode chegar a 60 km/h, mesmo em um dia ensolarado [...] Transportar materiais para o cânion foi muito difícil. Geralmente, transportamos seções montadas. Mas nesse projeto, fizemos o oposto, transportando peças e montando-as no local." (Wang Chao, engenheiro-sênior do instituto de planejamento rodoviário do Ministério dos Transportes da China)
A ponte Beipanjiang, de engenharia tão imponente, sob a qual caberia um prédio como o Word Trade Center, teve custo de US$ 440 milhões e todo o desenvolvimento do concreto usado em suas estruturas ocorreu na Universidade de Jiao Tong, em Shangai.
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